Acessibilidade na comunidade sustentável
Se queremos uma comunidade sustentável, a primeira preocupação deve ser com as pessoas que lá moram e convivem
Vinicius Ribeiro Artigos 3585 views 5 min. de leitura
Se queremos construir um local ou uma comunidade sustentável, a primeira contribuição e preocupação que precisamos ter são com as pessoas que lá moram e que lá irão conviver.
Uma comunidade sustentável pode ser um loteamento ou até um bairro, mas não uma cidade. A escala para trabalharmos estes conceitos é uma escala menor. Caso fosse uma cidade teríamos que a dividir em diversas comunidades sustentáveis de acordo com o identidade e visão local.
A preocupação com as pessoas parece óbvia, pois são elas que darão a vida e construirão os verdadeiros relacionamentos. Se são as pessoas a prioridade, são os deslocamentos delas que passarão a ser vistos como ponto de partida, ou seja, o deslocamento a pé.
A caminhada exige espaço adequado para receber tal função. Ela deve estar inserida em um espaço útil, seguro, confortável e interessante. Esse espaço é o mais democrático de todos os modos de mobilidade urbana, diferente do transporte de bicicleta ou motorizado realizado pelo automóvel ou pelo transporte coletivo.
Para planejar uma cidade gaúcha é necessário planejar um bairro e uma comunidade local. O planejamento destas pequenas comunidades podem mudar o comportamento e a vida das pessoas. Abaixo esta disponível para download o Infográfico: 7 AÇÕES BÁSICAS PARA CONSTRUIR UMA COMUNIDADE SUSTENTÁVEL, mostramos razões suficientes para melhorar uma comunidade tornando-as mais sustentáveis.
Esse modo de mobilidade urbana também é ótimo para a saúde, maravilhoso para o meio ambiente e riquíssimo para a qualidade de vida individual. Ocupar a calcada se deslocando a pé ou de cadeira de rodas passou a ser uma necessidade humana. Mas para atender a tal exigência precisamos tê-la como acessível. A acessibilidade universal das calçadas ou dos espaços públicos deveria ser por completo uma norma executável.
Em nível de legislação, a resposta já existe através das normas principais como: das diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, do Plano Estadual de Mobilidade Urbana Sustentável, a NBR 9050 da Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, a NBR 16537 de Acessibilidade — Sinalização tátil no piso — Diretrizes para elaboração de projetos e instalação.
Além dessas normas mais gerais, devemos procurar as diretrizes das leis municipais, que normalmente estão nos Planos Diretores, nos Códigos de Obras e de Posturas ou nas Leis de Parcelamento do Solo.
Mas ter legislação não basta, nós precisamos de outros incrementos, cuidados e olhares que colaboram para uma acessibilidade universal. Como se fossemos fazer o bolo e dar um recheio a ele. Neste caso o recheio está em preocupar-se também de que forma iremos proteger os pedestres e as árvores no local, onde deixaremos as bicicletas e os automóveis e como devemos garantir que neste local haja diversidade de atividades e prestação de serviços.
Acessibilidade é a maior contribuição para a vitalidade urbana e o maior indicador de liberdade que um cidadão possa ter em uma cidade.
7 ações básicas para construir uma Comunidade Sustentável
Investir na acessibilidade universal é garantir a riqueza, a saúde e a sustentabilidade do espaço, das pessoas e da cidade que abriga ambos.