Eu, você e a Marielle
Não há nenhuma diferença entre cada leitor com a Marielle. Vou justificar!
Vinicius Ribeiro Artigos 1818 views 5 min. de leitura
Não há nenhuma diferença entre cada leitor com a Marielle. Vou justificar!
Todos nós somos ativistas, humanos, democráticos e justiceiros. No fim, acabamos defendendo a educação como solução e a vida como destino.
Todos nós somos ativistas, independente da causa. O ativista tem 3 características: persistência, falar com quem discorda de você e gostar do que faz; muitas vezes com diversão.
Todos nós defendemos os direitos humanos. Você já leu o que é defender isso? De acordo com a Assembleia das Nações Unidas, direitos humanos “são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. ” Ou seja, empresário, trabalhador, esquerdista, direitista, pai ou mãe de família, político ou estudante, enfim, todos que amam alguém, defendem o seu direito de amar e ser amado. Fora disso não são direitos humanos e sim direitos de alguns. Será que é difícil de entender que estamos nos tornando uma sociedade de classes, composta por vencedores e esquecidos?
Todos nós defendemos a democracia. Cada qual com o seu conceito, mas ao fim de todos eles, independente da formação de cada um, ser democrático é saber respeitar escolhas da maioria. Nem sempre a maioria presente em determinado lugar é o pensamento da maioria da comunidade. Exercemos a democracia nos clubes de futebol, na escolha dos presidentes de entidades, nas representações estudantis e em vários outros lugares. Equivocadamente, alguns acreditam que democracia é pensamento ideológico. Democracia é pensamento de ordem, de regra e de oportunidade igual a todos que dela participam. Por isso que todo o empresário, estudante, associado, morador, participante de qualquer agremiação defende a democracia. Ali todos tem o direito de falar e expressar. Vale lembrar que na democracia, o dinheiro compra coisas e não a voz.
Todos nós somos justiceiros. Neste caso é aquele que defende a justiça. Toda mudança na sociedade acontece quando o cidadão toma consciência entre o ideal que ela tem na cabeça e a realidade que veem a sua volta. Quando há distância entre ambas, ela age em busca de justiça. Nem sempre essa distância é percebida da mesma forma pelas pessoas. Sabendo disso a gente sabe que todos defendem a mesma justiça.
Todos nós defendemos a educação como solução, mesmo com desilusão. Essa desilusão está contaminando a estrutura da sociedade substituindo a ambição por raiva (desilusão), a tolerância por ódio. Esse tipo de pensamento nos deixa desunidos e mal-educados. Não é matando ou empoeirando em armas que daremos as soluções. Veja o que Malala Yousafzai afirmou - “Com armas, você mata terroristas. Com educação você mata o terrorismo.”
Pra mim todos aqueles que sentem a morte de um ser humano é como eu, você e a Marielle. Somos solidários, ativistas, democráticos e justiceiros. Acreditamos na educação de casa, da boa escola, dos amigos e dos que amamos. Do contrário, lembro aqueles que me mandaram mensagens ou postaram comentários em plena cegueira, vibrando ou justificando a morte da Marielle lembrando do Papa Francisco: “Quando você comemora a morte de alguém, o primeiro que morreu foi você mesmo.”
Que todos sejam UM para #serdiferente!