Gestão Metropolitana: a bola da vez
Cidades mais globais - conectadas, competitivas, policêntricas e resilientes.
Vinicius Ribeiro Artigos 2356 views 3 min. de leitura
Cerca de 2,6 bilhões de pessoas vivem em aproximadamente 2 mil metrópoles atualmente. Isso representa 60% da população urbana do mundo ou um terço da humanidade. Conforme folheto publicado pela ONU-Habitat (2022), cerca de 70% das metrópoles tem população entre 300 mil a 1 milhão, 25% entre 1 a 5 milhões, e 5% acima dos 5 milhões.
A tendência até 2035 será de crescimento populacional em 20%, e no surgimento de cerca de 500 novas metrópoles, principalmente nos continentes Africanos e Asiático.
São números que crescem acompanhado de problemas ligados aos desafios globais.
O principal deles é relacionado a governança e a gestão metropolitana. A maioria das metrópoles do mundo não são geridas levando em consideração as dinâmicas regionais e aos mecanismos de financiamento da prestação de serviços de forma correta. A fragmentação institucional municipal e setorial sem uma coordenação na escala metropolitana aumentam os efeitos negativos da população com elevado custo e perda de qualidade de vida.
O enfoque sugerido é integrar a gestão através de (i) políticas setoriais e em multinível com marcos legais claros; (ii) da governança com soluções institucionais através de agências de desenvolvimento e mecanismo de cooperação intergovernamental, ação coletiva, e força na tomada de decisões; (iii) do planejamento metropolitano regional, através de instrumentos associados com projetos e intervenções pontuais; e (iv) finanças e economia metropolitana convergente entre os municípios, visando melhorar a produtividade, competitividade e desenvolvimento econômico.
Os objetivos finais passam pelas pessoas economizando em saúde, transporte e demais serviços por terem mais tempo ganho e qualidade de ar e de ambientes preservados. Mas também ganham por terem metrópoles mais globais - conectadas, competitivas, policêntricas e resilientes. Ao mesmo tempo habitáveis, vibrantes e naturais pelas propostas inovadoras de energia limpa, de patrimônio, de revitalização dos espaços públicos e da integração incondicional do território urbano-rural.